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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Crítica - 'Mad Max - Estrada da Fúria'


       Após 30 anos, o renomado diretor George Miller - conhecido por criar um mundo que só ele saber fazer nos filmes ‘Mad Max’ – junta com sua equipe de produção australiana para dar continuidade/reboot ao clássico em ‘Mad Max – Estrada de Fúria (2015)’. De um lado, parecia ser apenas mais uma continuação dos clássicos que Hollywood adora. Do outro, encontrar um ator a altura de Mel Gibson (filme que o consagrou) e fazer justiça aos episódios anteriores, a chance de ser “apenas mais um” passou a ser genial.

    Seu inicio começando com uma narrativa em off ao alcanço de Max (Tom Hardy), o filme começou a todo vapor. Após ser capturado por uma tribo comandado pelo Senhor da Guerra Immortal Joe (Hugh Keays-Byrn), o tirano dono da única fonte de água restante no mundo usa esse recurso para explorar seu povo. Max é então jogado dentro no meio de uma perseguição contra Furiosa (Charlize Theron) por ser a responsável de planejar uma fuga levando cinco mulheres da tribo, para um recinto chamado Vale Verde.                    

     Com 120 minutos, o filme conseguiu ser equilibrado em todos os aspectos envolvendo o espectador a cada minuto com cenas de ação sensacionais, uma surpreendendo a outra. O grande mérito foi utilizar o máximo de cenas reais, com pouquíssimos recursos computacionais, fazendo o público acreditarem naquele mundo pós-apocalíptico fantástico criado por Miller, trazendo um realismo único. Com elementos técnicos espetaculares e cenas incríveis, fica difícil dizer qual é a melhor. ‘Mad Max – Estrada de Fúria (2015)’ eleva o cinema de ação a outro patamar.

    Outro ponto positivo é o uso do 3D utilizado de maneira inteligente por Miller(coisa que poucos filmes conseguem fazer) ressaltando o deserto, o momento de clímax na trama. Se você tiver a oportunidade, assista em 3D!

    Não é apenas com cenas de ação o longa impressiona, a fotografia assinada por John Seale captou o deserto em planos abertos com tons quentes favorecendo ainda mais aquele ambiente hostil e a combinação perfeita das cores dos fogos de artifícios com o deserto montou um belo cenário.  Com belas imagens, e uma trilha sonora impactante ditando o ritmo do filme e dignificando ainda mais as melhores cenas de perseguição de carros e explosões já vista no cinema.                                                                                                                                                         
   Com o peso de substituir Mel Gibson, Tom Hardy não hesitou - com poucas falas e uma ótima expressão facial o ator fez um bom trabalho. Também, Charlize Theron brilhou e fez uma de suas melhores atuações da carreira.  O filme ainda traz Nicholas Hoult (mostrando mais uma vez uma boa atuação), Zoe Kravitz e o vilão Hugh Keays-Byrn. Este ultimo, esteticamente incrível – a maquiagem é um show a parte. E Miller fez questão de valorizar todo esse elenco, onde todos os personagens são relevantes.


     Com ação, narrativa, diálogos a criação de um mundo fascinante e um bom roteiro – que melhor analisado pleiteia temas sociais - o próprio titulo do filme resume o que foi apresentado ‘Mad’ – louco, insano, maluco. ‘Mad Max – Estrada de Fúria (2015)’ é o melhor filme de ação dos últimos anos; uma obra de arte que mereça servir de exemplos aos próximos filmes e ser contemplando por todos.

NOTA: 10




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