Baseado
em fatos reais, a trama acompanha o jovem pacifista Desmond Doss (Andrew
Garfield), temente a Deus, e coberto de anseio em ajudar seu país na 2ª Guerra
Mundial. Para isso, ele busca se alistar no exército americano, mas com uma
condição: recusar a tocar em uma arma, devido aos traumas de seu passado, com o
intuito de ir à guerra e salvar os homens no campo de batalha, no posto de
médico.
Seguindo
a mesma convenção dos filmes de guerra, ‘Até O Último Homem’ apresenta três
linhas narrativas bem definidas. A primeira metade é marcada pelo drama familiar
evidenciando as características do protagonista ao lado de sua família e seu
grande amor, Dorothy Schutte (Teresa Palmer). Não apenas isso, a trama busca
sempre enfatizar seus fortes princípios religiosos, permitindo ao público
simpatizar pelo personagem.
Antes
de chegar à hora da batalha, o roteiro começa a apresentar certos deslizes. Depois
dos ótimos minutos iniciais, a trama não consegue criar um grande núcleo
narrativo para conseguir progredir e chegar a seu ápice na segunda metade. Algumas questões são solucionadas de
maneira improdutível, como se algo fosse jogado, sem qualquer apuramento.
Porém,
Mel Gibson mostrou o porquê foi indicado ao Oscar quando chega à incrível
segunda metade, ou melhor, o campo de batalha. As seqüências das batalhas são
impecáveis, um verdadeiro dilúvio de horror – corpos decepados e explodindo,
soldados se arrastando, tripas em todo lugar e, Gibson consegue trazer as telas
um realismo e arte ao mesmo tempo. Méritos também para a edição registrando
cada ato de brutalidade convertendo entre planos abertos e fechados.
Já
os atores conseguem entregar grandes interpretações, destacando Andrew
Garfield, Teresa Palmer, Vince Vaught e Hugo Weaving. Com carisma, Garfield instrui o heroísmo de
seu personagem e acreditamos no seu amor e em seus fortes princípios, Palmer
entrega toda a leveza a trama com uma enorme paixão por Doss. Já Vince Vaught
(conhecido em muitas comédias) saiu muito bem na pele do Sargento Howell e
Weaving, vive um pai atormentado e complexo.
Mesmo
com seu roteiro inconsistente e ocasionalmente apresentando cenas fúteis com
frases de efeito, seja na apresentação do personagem ou durante a guerra. ‘Até O Último Homem’ prende a atenção do
espectador sustentado seu drama nos valores morais de seu protagonista, concede
espetaculares cenas de batalha e sela entre os melhores filmes de guerra da década.
NOTA: 8,8
A trilha sonora é uma peça perfeita para este filme. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Até o último homem não conhecia a história e realmente gostei. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.
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