‘A Autópsia de Jane Doe’ é a grande surpresa
de 2016. Finalizando o ano com chave de ouro para o terror, o filme comprova o
ímpeto do gênero impressionando o público com sua originalidade, eficiência,
sem deixar de faltar, o toque assustador, para presentear todos os fãs do
gênero e os cinéfilos de plantão.
A
envolvente trama acompanha Austin Tilden (Emile Hirsch) e Tommy Tilden (Brian
Cox), pai e filho responsáveis por gerenciar um necrotério de uma pequena
cidade no interior dos Estados Unidos. A tranqüila rotina deles é interrompida
com a chegada de uma misteriosa vitima de homicídio que foi trazida pelo xerife
local, sem causa de morte aparente.
A interessante
premissa é o ponto de partida perfeito para prender qualquer espectador. Mesmo
em seu rápido 90 minutos, o cineasta André Ovredal consegue extrair a principal
essência do roteiro e, sem enrolação, a partir da breve apresentação de seus
personagens, ele instiga a curiosidade do público apresentando o interior do
corpo humano, principalmente, revelando cada segredo arrepiante do corpo de
Jane Doe (Ophelia Lovibond).
Como
em um bom filme de terror, Ovredal concede uma atmosfera densa e
claustrofóbica. Passando boa parte do filme na pequena sala de operação, com o
legista, o cadáver e um rádio; todos esses elementos foram primordiais para
criar um clima tenso, onde tudo estava caminhando para um suspense psicológico.
Porém, a segunda metade não mantêm o mesmo vigor e perde sua originalidade
caindo nos clichês do gênero, causando os famosos jumpscares.
Mesmo
nessa situação, o cineasta cria boas cenas tensas mostrando-se lidar muito bem
com os recursos técnicos, mantendo o ambiente iluminado mesmo nos momentos mais
escuros, além de trazer uma trilha sonora sinistra e perfeita para adotar o
ritmo do filme e trabalhando em cima da aflição.
Com
performances competentes da dupla Hirsch e Cox, e a presença pungente da atriz
Lovibond, André Ovredal é o nome mais surpreendente do ano entregando uma obra
original, que vem sendo raro no mercado atual e, acima de tudo, merece a
atenção de todos. ‘A Autópsia de Jane Doe’ consagra o terror como o melhor
gênero de 2016.
NOTA: 7,8
Realmente, um filme muito bom e concordo sobre a metade final: não precisava apelar para os clichês típicos do gênero. Mas a identidade da defunta é muito óbvia...
ResponderExcluirO começo desse filme é muito bom, provavelmente ele estará na minha menção honrosa quando eu for fazer o top 10: melhores filme de 2016! Obg por comentar!
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