Estreias

domingo, 1 de maio de 2016

Crítica - 'Capitão América: Guerra Civil'


    Não têm para ninguém, 2016 é definitivamente o ano da Marvel. Após o sucesso com “Deadpool” no início de fevereiro, “Capitão América: Guerra Civil” chega às telas com enormes expectativas e podemos dizer que fez o seu trabalho, ou melhor. Surpreendeu não apenas seus fãs se tornando um dos melhores filmes de super-heróis.  

    O mundo está aturdido após rastros de destruição significativos em várias cidades durante os incidentes envolvendo ‘Os Vingadores’. Os políticos resolveram lançar um termo de responsabilidade para controlar as ações da equipe, a fim de controlar possíveis futuros estragos. Steve Rogers (Chris Evans) é contra essa iniciativa, enquanto Tony Stark (Robert Downey Jr.) é a favor, assim a aliança é formado em ambos os lados e o confronto é apenas uma questão de tempo.               
                                    
  A direção assinada pelos irmãos Anthony e Joe Russo encontra perfeitamente o equilíbrio narrativo do filme. Com inúmeros personagens, os irmãos conseguiram conceder a todos eles um bom tempo de tela tornando-os relevante durante a trama. Para esse fim, a direção soube dividir “Guerra Civil” em três atos para evidenciar ser uma seqüência da trilogia do ‘Capitão América’ e não ser um filme disfarçado dos Vingadores.

   Com um roteiro assinado pelo Christopher Markus e Stephen McFeely, a história prende o espectador reservando grandes surpresas durante sua projeção revelando personagens/super-heróis, como também o passado de alguns deles. Não apenas isso, a ação é sensacional – as cenas são empolgantes, muito bem coordenadas, conta com ótimas edições, o CGI favorece e, é impossível não comentar a cena do aeroporto que é digna de aplausos.

    E como de costume a comédia também não poderia ser deixada de lado. Praticamente todas as piadas do filme funcionam e quem rouba a cena é ele, ‘Homem- Aranha’. Tom Holland está engraçado, apresenta um bom timing cômico, seu carisma é inestimável Quem também continua fenomenal é Downey Jr. com seu ‘Homem de Ferro’, agora carregando o peso do passado de seu personagem.   

   O super-herói mais curioso é o ‘Pantera Negra’ (com um figurino incrível), sendo um dos pontos mais altos do filme e nos faz querer saber mais sobre ele.

  Quem também não fica para trás é Scarlett Johansson com uma ótima interpretação (a ‘Viuva Negra’) fazendo a personagem mais misteriosa da trama por não saber qual lado escolher.           


  Emily VanCamp contribui para algumas cenas. Já o Hawkeye continua sendo um dos personagens problemáticos com pouco desenvolvimento, e Martin Freeman (o Watson da série ‘Sherlock Holmes’) não têm muito a apresentar.                          



  
   A interpretação de Chris Evans é pungente devido a sua posição no conflito e o clima pesa apenas nos confrontos de diálogos com Downey Jr. E ambos fazem a luta mais interessante em “Guerra Civil” deixando qualquer espectador animado.            

   E o vilão continua sendo o ponto fraco dos filmes da Marvel. Apesar da ótima atuação de Daniel Bruhl, o filme funcionaria muito bem sem ele.      

   “Capitão América: Guerra Civil” é o somatório de tudo que a Marvel veio criando nos últimos anos. Com ótimas atuações onde cada um tem seu momento de brilhar, reservando grandes surpresas e um confronto de tirar o fôlego, o filme presenteia o espectador com a melhor seqüência de ação já feita em um filme de super-herói.

OBS: Fique até o final do filme e não é necessário o 3D.

NOTA: 9,0


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